Porto Alegre (RS) – A defensora pública dirigente do Núcleo de Defesa da Mulher (Nudem) da Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul (DPE/RS), Liliane Braga Luz Oliveira, participou, na última quarta-feira (11), de audiência pública que tratou do acolhimento para mulheres vítimas de violência no Rio Grande do Sul. O evento ocorreu na Assembleia Legislativa.

Proposta pela deputada Luciana Genro, a audiência também destacou os índices de feminicídio - mortes por questões de gênero no estado. Na última semana, o 13º Anuário de Segurança Pública informou que houve aumento de 41% nos casos em um ano. Em números absolutos, em 2018, foram 117 de casos, 34 a mais que 2017.

A defensora pública destacou as iniciativas da Polícia Civil – que atua na capacitação de policiais e delegacias especializadas, e também da Brigada Militar – que, com a patrulha Maria da Penha, fiscaliza e defere medidas protetivas de urgência. Mas, para ela, é necessário que haja um fortalecimento da rede de apoio.

“Nós, da Defensoria Pública, atuamos em todas as esferas para prevenir esse tipo de violência, seja na conscientização ou outras ações de combate. O que precisamos observar com atenção é que, muitas vezes, as mulheres que sofrem violência têm dificuldades de moradia e até mesmo de acesso ao mercado de trabalho. Mais do que um sistema forte de justiça, precisamos que a assistência social e a saúde atuem forte na causa. Estamos aqui para movimentar a rede e precisamos nos fortalecer diante da complexidade do nosso sistema”, enfatizou.

Liliane também salientou a missão da Defensoria Pública na defesa das mulheres e dos direitos humanos. “Trabalhamos na conscientização das mulheres, cada vez mais promovendo educação em direitos, palestras em universidades e escolas, com o intuito de prevenir a violência contra a mulher. Somos parceiros da casa e, nesse tema, precisamos de uma atuação forte, para que consigamos, de uma forma articulada, pedir que o executivo faça a sua parte”.

Além da defensora pública, estiveram presentes na audiência os deputados estaduais Jefferson Fernandes e Rodrigo Maroni; a juíza corregedora do Tribunal de Justiça, Gioconda Fianco Pitt; a delegada Tatiana Bastos, responsável pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), a comandante Clarisse Heck, representante da Brigada Militar; membros de Organizações Não Governamentais (ONGs) que atuam na busca pelo direito das mulheres, entre outras autoridades.