Santo Ângelo (RS) – A Defensoria Pública Regional de Santo Ângelo (DPR) recebeu, no início deste mês, dois exemplos de honestidade vindos de seus assistidos. Uma moradora de Santo Ângelo havia, com o auxílio da Defensoria Pública, solicitado medicamentos ao Estado e acabou não utilizando todas as doses. Já que os medicamentos não teriam uso e estavam dentro do prazo de validade, resolveu retornar à Defensoria Pública para devolvê-los. Os fármacos poderão ser distribuído para, pelo menos, duas pessoas que já estão com processos judiciais encaminhados e, assim, facilitar a vida de outros cidadãos.

Um bancário aposentado protagonizou o outro caso de honestidade. O assistido havia entrado com um pedido de medicamentos em uma sede da Defensoria Pública. Como mudou de endereço e para conseguir prestar contas e comprovar que recebeu os medicamentos corretos, entrou em contato com a Defensoria Pública de Santo Ângelo, onde mora atualmente. Deslocou-se até a instituição e conversou com o defensor público Waldemar Menchik Junior para que pudesse realizar a prestação de contas e mostrar que o trabalho da instituição estava sendo feito da forma correta.

O defensor público diretor regional da Defensoria Pública Regional de Santo Ângelo, Waldemar Menchik Júnior, destacou a honestidade dos assistidos. “Esse tipo de postura é digna de elogio e demonstra preocupação com o dinheiro público. É chegada a hora de todos nós entendermos que o dinheiro público não é dinheiro sem dono, é dinheiro de todos nós e temos que respeitá-lo”, falou o defensor.

As devoluções geraram a ideia de criar um programa estadual de devolução de medicamentos. Assim, a verba pública seria melhor aproveitada e ajudaria mais pessoas. A Coordenaria Regional de Saúde de Santo Ângelo (CRS) colocou-se à disposição para receber as devoluções de medicamentos que estão dentro do prazo de validade. A CRS de Santo Ângelo fica na Avenida Brasil, 622, bairro Boa Esperança.

Ainda não existem estabelecidos em lei instituições para receber doações de medicamentos, mas o cidadão que estiver com medicamentos não utilizados e dentro do prazo de validade, poderá se dirigir até a Farmácia do Estado onde retirou os fármacos, apresentar a suspensão de tratamento assinada pelo médico e devolver os remédios.