Familiares de vítimas e sobreviventes da tragédia de Santa Maria criam associação
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Santa Maria (RS) - A Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (Avtsm) foi criada oficialmente em Assembleia Geral, neste sábado (22), no auditório do Colégio Santa Maria. Durante o evento, que começou às 9 horas, também foi eleito o Conselho Diretor, Fiscal e Administrativo da Avtsm, que aprovou o Estatuto Social, com apoio jurídico da Defensoria Pública do Rio Grande do Sul. A ideia da associação é promover o auxílio emocional recíproco, a busca por direitos e a fiscalização do Poder Público para que ações sejam tomadas no sentido de prevenir novas tragédias.
Representando a Instituição, os Defensores Públicos Andrey Régis de Melo, André Magalhães Silva e o Dirigente do Núcleo de Direitos Humanos, João Otávio Carmona Paz, intermediaram os trabalhos da Assembleia Geral. “A Defensoria Pública gaúcha entendeu, desde os primeiros momentos de sua atuação na tragédia, que seria fundamental a formação dessa Associação, como instrumento de união e fortalecimento das vítimas e familiares. A concretização dessa ideia é um êxito para nós”, afirma Carmona.
O Defensor Público de Santa Maria André Magalhães Silva conta sobre essa união entre o grupo. “Além de apoio mútuo entre os familiares, a associação, enquanto entidade da sociedade civil, tem muito mais poder político para acompanhar as investigações e garantir os seus direitos.”
O presidente eleito da Avtsm, Adherbal Alves Ferreira, afirma que esse é apenas o pontapé inicial. “Essa união é para gerar muito mais força entre os familiares e para juntos buscarmos a fiscalização para evitar que novas tragédias aconteçam.”
Ainda na sexta-feira (21), uma comissão da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul visitou a Defensoria Pública de Santa Maria, para debater e trocar experiências sobre as atuações durante a tragédia. “Os Deputados estão visitando todos os órgãos públicos. Eles estão se informando sobre as principais demandas e dificuldades da situação”, conta o Defensor Público Silva.