Porto Alegre (RS) - A Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul, a partir do Núcleo de Defesa da Criança e do Adolescente (NUDECA), conduz uma ação para a criação espaços especializados no atendimento de gestantes, puérperas e recém-nascidos, em Porto Alegre. Os espaços seriam destinados especialmente às mães-solo desabrigadas em razão da enchente que assola o Estado do Rio Grande do Sul.

Dando início à ação, a Defensoria Pública enviou na última segunda-feira (13) um ofício à Secretaria Municipal de Saúde, solicitando que maternidades dos hospitais ligados ao Sistema Único de Saúde (SUS) fossem orientadas a encaminhar as puérperas e seus filhos, após o recebimento de alta, a espaços específicos destinados a mulheres. Além disso, a equipe do NUDECA esteve presente em abrigos provisórios identificando demandas de mães de bebês de até 1 ano e ofertando acolhimento nos abrigos especiais.

A necessidade da iniciativa foi constatada após uma reunião com médicas e psicólogas especialistas na área do neurodesenvolvimento e vinculadas ao Instituto de Terapias Integradas de Porto Alegre (ITIPOA), bem como orientação recebida pela Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul. Segundo a Defensora Pública dirigente do Núcleo e responsável pela ação, Paula Simões Dutra de Oliveira, a ideia é que os locais contem com infraestrutura específica e equipes voluntárias capacitadas para atender as abrigadas nas áreas da saúde e psicologia.

A implementação de um espaço seguro vai ao encontro da orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que considera o período inicial da vida da criança como um dos mais críticos e vulneráveis em seu desenvolvimento.