Porto Alegre (RS) - O projeto Patrulha Maria da Penha começou nesse sábado (20) no Território de Paz da Lomba do Pinheiro. O lançamento foi feito pelo governador Tarso Genro, que contou com a presença da Defensoria Pública e do defensor público-geral, Nilton Arnecke Maria, que afirmou a importância desse projeto como uma complementação da rede de apoio às mulheres vítimas da violência. “Somente com a rede completa e com serviços direcionados tanto para as vítimas quanto para os agressores é possível progredirmos na redução desse ciclo de violência”, disse Arnecke Maria.

O projeto faz parte da Rede de Atendimento da Secretaria da Segurança Pública para o Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar e conta com o apoio da Defensoria Pública gaúcha, por meio do Núcleo de Família e de Defesa da Mulher Vítima da Violência. O governador Tarso Genro explicou que o serviço é inovador em todo o País. “Deverá se expandir por todo o Estado para dar efetividade ao enfretamento à violência contra as mulheres."

A cerimônia de lançamento também contou com um Mutirão de Atendimento do Núcleo de Família e de Defesa da Mulher Vítima da Violência, com a participação das defensoras públicas Adriana Schefer do Nascimento, Adriana Munhoz de Quadros, Jamile Rodrigues Nehmé de Toledo e Soeli Arnt. No local também havia mutirão de oferta de serviços públicos ao cidadão e às mulheres, como confecção de documentos, regularização de contas de luz, cortes de cabelo e maquiagem, atendimento por psicólogos e assistentes sociais, entre outros.

Entre os atendimentos dos defensores estavam as donas de casa Solange da Silveira, 43 anos, e Amanda da Silveira, 24 anos. “Fomos bem atendidas e a defensora me orientou sobre como devo fazer para conseguir o atendimento da Instituição. Estou muito grata”, diz Amanda. Ela foi atendida pela defensora Adriana Schefer do Nascimento e por um dos chefes da seção da UCAA Família Sérgio Guimarães. “É fundamental a Instituição proporcionar essa orientação efetiva e ir até ao encontro dos assistidos”, garantiu a defensora Adriana.

Como funciona a Patrulha Maria da Penha

A Patrulha, junto com o Núcleo de Família e de Defesa da Mulher Vítima da Violência, é composta por quatro policiais militares que farão rondas nos quatro Territórios de Paz de Porto Alegre (além da Lomba do Pinheiro, nos bairros Rubem Berta, Restinga e Santa Tereza) para acompanhar os casos de violência doméstica e o cumprimento das medidas protetivas. 

As equipes terão policiais militares do 1ºBPM, 19ºBPM, 20ºBPM, 21ºBPM, selecionados em razão do conhecimento prévio da região e do contato diário com as comunidades. "As equipes serão formadas por dois homens e duas mulheres para que as vítimas se sintam mais acolhidas para relatar o que está acontecendo. As visitas às residências serão feitas durante o dia, mas à noite também serão realizadas rondas para garantir a segurança das famílias", destacou a comandante do 19º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Nádia Gerhard.