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Violação dos direitos humanos na ditadura é tema 50 anos do Golpe Civil/Militar

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. - Foto: Alexandre Rodrigues/Ascom DPERS

Porto Alegre (RS) - “Quem viveu a ditadura tem outra compreensão do mundo. Tínhamos toda a nossa liberdade cerceada”, afirma a psicopedagoga Nilce Cardoso, presa em 11 de abril de 1972, sendo torturada até julho do mesmo ano, durante a ditadura militar. A história dela, e de outros que sofreram com esse fato histórico do País, além de uma reflexão sobre a situação atual da violação dos Direitos Humanos, foi discutida e relembrada durante a quarta-feira (2) no evento 50 anos do Golpe Civil/Militar: para que não se esqueça, para que nunca mais aconteça!. Com depoimentos, palestras e peça teatral, o encontro, que ocorreu na Casa de Cultura Mário Quintana, foi promovido pelo Centro de Referência em Direitos Humanos (CDRH), o Centro de Estudos, de Capacitação e de Aperfeiçoamento da Defensoria Pública e o Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (NUDDH).

Presente no evento, a Subdefensora Pública-Geral para Assuntos Administrativos, Luciana Kern, relembrou que o CDRH, inaugurado no dia 17 de janeiro, além de atender mulheres vítimas de violência, faz atendimento às vítimas de violência estatal. “Mesmo após 50 anos da ditadura, há necessidade de enfrentar situações de violações de direitos que ocorrem até hoje. Para que isso não se repita e que a democracia seja respeitada, a missão da Defensoria é garantir a integridade do direito da população.”

A Dirigente do Núcleo de Direitos Humanos, Defensora Pública Alessandra Quines, explicou que o evento teve a ideia de rememorar as circunstâncias de um período que foi o exemplo da violação da democracia e dos direitos humanos. “Os depoimentos ajudam a relembrar algo que nunca mais pode acontecer e a Defensoria Pública defende esse objetivo, Instituição que nasceu com a democracia.”

Repressão policial na ditadura e nas manifestações sociais de julho de 2013 foram os temas abordados pelas palestrantes Nilce Cardoso, e pela arquiteta e urbanista, além de militante ativista, Claudia Favaro. O Painel Para que Nunca mais aconteça trouxe o Defensor Público, coordenador da Comissão Estadual da Verdade do RS, Carlos Frederico Guazzelli, e Defensora Pública, mestre em Direitos Humanos, Sílvia Brum, Professor de Direito e Doutor em Sociologia, Dani Rudnicki, e o jornalista Marcos Rolim. O evento terminou com a peça teatral Para sempre Poesia,  monólogo de Rita Maurício, sobre um homem preso pela ditadura militar, que herda a experiência grave do sofrimento psíquico.

Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul