Santa Maria (RS) – Após receber a denúncia de que uma família estava sendo obrigada a assinar um contrato para atendimento particular de uma vítima do incêndio na boate Kiss, dois Defensores Públicos reuniram-se com a direção do Hospital de Caridade Dr. Astrogildo de Azevedo de Santa Maria (HCAA), na tarde desta terça-feira (29). “A reclamação foi feita pelo município de Dona Francisca e não se confirmou”, relata o Dirigente do Núcleo de Direitos Humanos, Defensor Público João Otávio Carmona Paz. Na reunião foi discutido o atendimento prestado aos feridos, principalmente no aspecto da gratuidade no atendimento às vítimas.

 

De acordo com a assessoria de imprensa do Hospital, havia 43 vítimas internadas no HCAA até a manhã desta quarta-feira (30), sendo que 19 estão na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). João Carmona relata que a Diretora-Executiva do HCAA, Angela Maria Perin, e o provedor da Instituição, Walter Jobim Neto, apresentaram a ele e ao Defensor Público Andrey Régis de Melo a forma utilizada para o ingresso das novas vítimas. “Durante o atendimento é verificado se a pessoa tem um convênio particular. Se a pessoa possui, seu plano de saúde é acionado, caso não possua é prestado atendimento gratuito pelo Hospital”, explica. “Por ser uma entidade filantrópica, o HCAA recebe verba federal e presta atendimento gratuito a população carente”, lembra.

 

O Dirigente do Núcleo de Direitos Humanos menciona que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (FN-SUS) também está no local para garantir atendimento gratuito às vítimas pelo SUS. Sob Gestão do Ministério da Saúde (MS), a FN-SUS foi criada para agir no atendimento a vítimas de desastres naturais, calamidades públicas em saúde ou situações de risco epidemiológico. De acordo com o site do MS, o FN-SUS conta com 66 profissionais de saúde em Santa Maria. Integram o grupo, médicos, enfermeiros, psiquiatras, profissionais do S.O.S Emergências e, ainda, nove (09) profissionais do Hospital Israelita Albert Einstein.