Centro de Referência em Mediação e Conciliação encerrou atividades de 2017 com cerca de 300 mediações
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Porto Alegre (RS) – “Uma grande chance de saber sobre meus direitos e forma de agir”; “uma maneira de chegar ao fim do relacionamento sem machucar os filhos”. Estes foram alguns dos depoimentos dos assistidos da Defensoria Pública que participaram das atividades do Centro de Referência em Mediação e Conciliação (CRMC), inaugurado no mês de julho. Com pouco mais de três meses de efetivo atendimento à população, o CRMC encerrou as atividades de 2017 com cerca de 300 mediações.
Pioneiro no Brasil, o CRMC oferece à população porto-alegrense educação em direitos e mediação e conciliação extrajudicial como alternativas ao ajuizamento de ações no Judiciário, valendo-se de métodos autocompositivos para solucionar litígios e conflitos familiares. Nas oficinas, por exemplo, são esclarecidos direitos e deveres na área do Direito de Família e expostas ferramentas que reestabelecem o diálogo e a harmonia familiar.
O trabalho de prevenção, de pacificação das relações familiares e de incentivo à cultura de paz, facilitado pelo mediador, foi disseminado em 41 oficinas e ajudou 739 famílias em Porto Alegre, alcançando, inclusive, outras sete cidades do interior do Estado com a realização de palestras, totalizando 900 famílias. Ao todo, foram assinados 86 Termos de Entendimentos e 67 Termos de Atendimento, e realizadas 143 sessões de mediação e pré-mediação. Ao mesmo tempo, o CRMC capacitou 27 servidores da Defensoria Pública como mediadores.
No período, o CRMC fez uma pesquisa para aferir a satisfação dos usuários de seus serviços com 739 pessoas. Destas, 64,68% responderam estarem muito satisfeitas com os serviços prestados, 31,26% satisfeitas e 4,06% alternaram pouca insatisfação, insatisfação e não opinaram. Em relação à apresentação, 77,81% referiram muito bom, 20,97% bom e 1,22% oscilou com regular, fraco e sem resposta.
Quanto aos materiais de trabalho, 66,4% assinalaram muito bom, 31,8% bom e 2,16% regular, sem resposta e fraco. Sobre o instrutor, 84,71% julgaram muito bom, 14,21% bom e 1,58% intercalou regular, sem resposta e fraco. Em referência à estrutura do CRMC, 59% classificou como muito bom, 37,08% bom e 3,92% regular, sem resposta e fraco. Relativo à duração das oficinas, 48,17% respondeu bom, 36,27% muito bom e 15,56% regular, sem resposta e fraco. E, mais de 96% disse que indicaria as Oficinas de Parentalidade para alguém.
Em paralelo a isso, numa pesquisa feita após as sessões de mediação com 192 pessoas, mais de 83% disseram que em caso de novo conflito procurariam novamente a mediação, 89% indicaria a mediação a um conhecido e 81% afirmou que obteve desfecho efetivo para o seu litígio, além de que 73,4% registraram melhora no diálogo familiar após a mediação.
Para a Coordenadora do CRMC, Defensora Patrícia Pithan Pagnussat Fan, a mediação é um instrumento da paz, para a paz e para o bem das famílias, especialmente devido ao cidadão ter o direito de receber um serviço de excelência também na fase pré-processual. “Toda a equipe e parceiros do Centro têm sido fundamentais para o sucesso do projeto, e ambos precisam passar por capacitação permanente para o bom desenvolvimento da nova atividade”.
Como ser atendido?
O Centro de Referência em Mediação e Conciliação está localizado na Av. Borges de Medeiros, 1945, 8º andar. O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h30 às 18h. Outras informações podem ser obtidas pelo (51) 3228 9425.
Texto: Vinicius Flores/AscomDPERS
Defensoria Pública do RS
Assessoria de Comunicação Social