Porto Alegre (RS) - Um contingente de 65 mil pessoas realizou as provas do Concurso para o Quadro de Servidores da Defensoria Pública neste domingo (10) para o preenchimento de 400 vagas de nível médio e superior. O concurso é o primeiro passo para a criação de um quadro próprio de servidores da Defensoria Pública, que atualmente trabalha com servidores cedidos de outras instâncias da administração pública.
Com provas em Porto Alegre, Caxias do Sul, Passo Fundo, Pelotas, Santa Maria e Santo Ângelo, o concurso inovou no caráter de acesso às chamadas minorias. Com base em uma política afirmativa, o certame antecipou-se à legislação estadual e federal em relação à criação de cotas para admissão de candidatos oriundos da população negra e indígena, além das já consolidadas vagas para inscritos com algum tipo de deficiência.

O presidente da Comissão do Concurso, Defensor Público Felipe Kirchner, lembra que o concurso é fundamental para a plena autonomia funcional e administrativa da Instituição. “Isso vai se traduzir no atendimento de qualidade que a sociedade gaúcha espera”, disse o Defensor. “A partir de agora, vamos ter uma outra Defensoria, muito mais qualificada para superar os desafios que o novo contexto social impõe”. Kirchner também disse que a Defensoria Pública é uma nova Instituição, voltada para ser o Estado que ampara, acolhe e defende. “Diferentemente do Estado que acusa e reprime, que já tem sua estrutura formada e consolidada”, completou.

Disbribuídos nas Comarcas onde foram aplicadas as provas, os integrantes da Comissão do Concurso receberam o apoio dos Defensores Públicos de cada uma das regiões. “O envolvimento dos colegas foi fundamental para o bom andamento das provas”, destacou Kirchner. “Todos entendem a importância da qualificação do Quadro de Servidores para o trabalho da Instituição”, disse.

A preocupação em realizar um concurso que contemplasse as necessidades dos candidatos também foi prioritária. Desde a realização em dois turnos, para as provas de nível médio e superior, passando pelo pagamento da taxa de inscrição no início de janeiro, até o atendimento de necessidades especiais religiosas. “Buscamos fazer de tudo para que o candidato se sentisse bem em fazer o concurso da Defensoria Pública”, lembrou.

A Comissão do Concurso é composta também pelos Defensores Públicos Rafaela Consalter, Miriane Tagliari, Larissa Rocha Caon , Elizandro Todeschini, Tiago Rodrigo dos Santos Fernanda Pretto Fogazzi Sanchotene, João Otávio Carmona Paz e Gustavo Lindenmeyer Barbieri.
Os gabaritos devem ser conhecidos a partir do dia 15 de março no site www.concursosfcc.com.br. Os resultados devem ser homologados em agosto e o concurso tem validade de um ano renovável por mais um.