Carazinho (RS) – O primeiro emprego com carteira assinada da jovem Priscila Rosa do Nascimento, 20 anos, veio por meio de um convênio entre a Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul (DPE/RS) e a rede de Supermercados Economia e E-Atacarejo (Zes Supermercados), de Carazinho. Desde então, a mudança na vida dela foi grande e proporcionou melhores condições para ela e os familiares.

“Estou me sentindo muito realizada com o meu emprego. Com ele, estou conquistando minhas coisas e também ajudando minha família”, contou.

Contratada em dezembro de 2020, um mês após a assinatura do Termo de Cooperação entre a DPE/RS e a Empresa, Priscila foi promovida recentemente ao cargo de operadora de caixa. Ela faz parte de um grupo de outras 30 pessoas integrantes de grupos vulneráveis (negros, pessoas com deficiência, idosos e indígenas) que foram empregadas pela rede, que opera nas cidades de Carazinho e Passo Fundo. 

Considerado inédito no estado, com o objetivo de reduzir as desigualdades sociais e de promover a igualdade de oportunidades, o termo estabelece que a empresa destine 25% de suas vagas a pessoas integrantes desses grupos. O percentual é implementado de forma progressiva, a partir das novas contratações e deverá ser atingido até o final de dezembro de 2021. No entanto, o resultado foi tão positivo que, atualmente, 29% dos funcionários pertence aos grupos vulneráveis.

Como contrapartida, a Defensoria Pública se compromete em elaborar atividades de educação em direitos para os funcionários da rede de supermercados, tais como palestras e cartilhas educativas. O termo de cooperação tem prazo de quatro anos, podendo ser prorrogado de comum acordo entre os participantes.

Na última terça-feira (8), os defensores públicos que atuam em Carazinho, Marcelo Martins Piton e Daniele da Costa Lima entregaram centenas de exemplares da cartilha Direito do Consumidor aos diretores da empresa. O material, que será distribuído aos consumidores e funcionários, traz orientações sobre as principais demandas do direito do consumidor e foi produzido com uma linguagem acessível e menos formal. O objetivo é trabalhar a educação em direitos para pessoas que não estão familiarizadas com a legislação. 

“São medidas com esse impacto social que demonstram a importância da atuação extrajudicial e que a população gaúcha pode contar sempre com a Defensoria Pública”, comentou Piton.