CRDH da DPE/RS realiza roda de conversa com Mariana Salomão Carrara, defensora pública de São Paulo, escritora e poeta
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Porto Alegre (RS) - O Centro de Referência em Direitos Humanos (CRDH) da Defensoria Pública do Estado (DPE/RS) realizou, na tarde passada (4), um bate- papo com Mariana Salomão Carrara, defensora pública de São Paulo, escritora e poeta.
O evento aconteceu no Auditório da Defensoria, na rua Múcio Teixeira, bairro Menino Deus, com presença de defensores e servidores.
Entre suas obras, estão o romance Se deus me chamar não vou (2019), finalista do Prêmio Jabuti 2020, e Não fossem as sílabas do sábado (2022), que lhe rendeu o Prêmio São Paulo 2023 de Melhor Romance do Ano. Em agosto deste ano, lançou seu mais recente livro, A árvore mais sozinha do mundo. A obra retrata, em uma pequena roça no Sul do país, a vida de Guerlinda, Carlos e seus filhos. O cultivo do tabaco dá sustento à família, que dia após dia enfrenta as oscilações da natureza, esguichando venenos e adubando as vergas para que as folhas atinjam a qualidade ideal. Nessa angústia da espera - e em meio a investidas das empresas que dominam o mercado fumicultor -, ainda é preciso decifrar os códigod da adolescência e aprender a sua difícil linguagem de amor. Quando chega a época da colheita, os dias se transformam, e a família recebe a ajuda da mãe de Guerlinda, que, mesmo com seus estímulos e sua peculiar ternura, parece incapaz de emendar a casa tomada por silêncios incômodos e perdas iminentes. Neste romance absolutamente inovador, Mariana Salomão Carrara experimenta com a linguagem, confirmando seu lugar único na novíssima literatura brasileira, para retratar um país que - de norte a sul - encobre as suas mais profundas mazelas.
No encontro, ela falou conversou com os participantes sobre suas obras e também destacou a importância da Defensoria Pública no fortalecimento da garantia dos Direitos Humanos.